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Por: David Havilá
📜Festas Menores e Dias Memoriais no Judaísmo (Purim): Artigo 6
- Purim remonta ao relato do Livro de Ester, onde o povo judeu no Império Persa foi alvo de um plano de extermínio arquitetado pelo ministro Hamã. Por meio da coragem da rainha Ester — que oculta sua identidade judaica — e da sabedoria de seu primo Mordecai, o decreto maligno é revertido, permitindo que os judeus se defendam e triunfem sobre seus inimigos.
- Embora o Livro de Ester não mencione explicitamente o Nome Divino, a Providência se revela nas reviravoltas improváveis que conduzem à salvação. O termo “Purim” deriva de pur, os lotes lançados por Hamã para escolher a data do massacre planejado — um símbolo de que até o acaso está sob o domínio do Divino.
Purim — A Celebração da Salvação
“Foi no décimo segundo mês, que é o mês de Adar, no décimo terceiro dia, que o edito de Hamã se espalhou. No décimo terceiro dia do mesmo mês, comeram e se embriagaram, e no décimo quarto dia descansaram e se alegraram.”
(Ester 9:18-19)
Observâncias e Rituais
Leitura da Meguilá (Meguilat Ester)
A pedra angular de Purim é a leitura pública da Meguilá, tanto à noite quanto na manhã do 14 de Adar (ou 15 de Adar em cidades muradas, no Shushan Purim). A tradição manda que, ao ouvir o nome de Hamã, a congregação faça barulho com matracas (ra’ashanim) ou qualquer instrumento, simbolizando a erradicação de seu nome — conforme o mandamento bíblico de apagar a memória de Amalek, ancestral de Hamã (Deuteronômio 25:19).
Mishloach Manot e Matanot La’evyonim
Purim estabelece dois mandamentos de solidariedade:
- Mishloach Manot: Envio de ao menos duas porções de alimentos prontos a pelo menos um destinatário, expressando amizade e união.
- Matanot La’evyonim: Doação a pelo menos duas pessoas carentes, garantindo que todos compartilhem da alegria festiva.
Seudá Festiva (Banquete)
O dia de Purim é coroado por um banquete alegre, frequentemente regado a vinho. O Talmud afirma que se deve beber até não distinguir entre “amaldiçoado seja Hamã” e “abençoado seja Mordecai” (Meguilá 7b), indicação do espírito libertador de Purim.
Trajes e Carnaval: O Espírito da Ocultação e Revelação
Fantasias, máscaras e desfiles (Adloyada) refletem o tema de ocultamento e revelação presente na narrativa: Ester oculta sua fé, Deus permanece invisível, e o destino dos judeus muda de forma surpreendente. O Purimshpiel (peça humorística) e fantasias liberam a comunidade para expressar criatividade e alegria.
Delícias de Purim
- Hamantaschen: Biscoitos triangulares recheados, simbolizando o chapéu ou orelhas de Hamã.
- Kreplach: Bolinhos recheados, lembrando o oculto dentro do aparente.
- Outras iguarias locais e vinhos festivos completam a mesa.
Temas Centrais
Antissemitismo e Resistência
Purim ilustra um dos primeiros relatos de antissemitismo genocida e exalta a força de um povo diante de ameaças existenciais. Em momentos sombrios da história, como o Holocausto, judeus encontraram em Purim um farol de esperança e resistência espiritual.
Identidade Oculta e Revelação Divina
A narrativa de Ester ecoa nas vidas daqueles que vivem sua fé discretamente. Deus, embora não nomeado, opera por trás das cenas, lembrando-nos que a Providência pode se manifestar no segredo dos eventos cotidianos.
Inversão e Alegria Transformadora
A queda do poderoso Hamã e a ascensão de Mordecai simbolizam a inversão dos papéis, permitindo um momento de catarse comunitária semelhante ao Carnaval um convite à alegria que cura feridas e reforça a união.
Evolução ao Longo dos Séculos
- Época Talmúdica: Consolidação dos quatro mandamentos de Purim e aceitação da Meguilá como cânone.
- Idade Média: Surgem Purims locais celebrando libertações específicas e proliferam os Purimshpeils.
- Era Moderna: Purim assume dimensão nacional em Israel, comparável ao Carnaval no Brasil, e permanece um símbolo de resiliência.
Bibliografia e Referências
- Livro de Ester. Pentateuco e Meguilot.
- Talmud Babilônico, Meguilá 7b.
- Deuteronômio 25:17-19.
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