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Por: David Havilá
Mas por que deveríamos nos submeter a tais restrições? Afinal, embora não comamos nada completamente não kosher, pois estamos comprometidos em nos aproximar de D’us por meio da orientação de Sua Torá, ainda assim, todos nós podemos querer desfrutar de uma refeição kosher requintada ou talvez até suntuosa de vez em quando, e coisas do tipo.
Devemos nos esforçar para atingir esse nível de autocontrole porque não aspirar por ele e sair por aí “comendo os tipos de alimentos apetitosos, aromáticos e desejados que são tão prejudiciais e podem deixar uma pessoa gravemente doente ou até mesmo matá-la” é *menos que humano*, nos dizem não é apenas indulgente.
Uma pessoa só é verdadeiramente humana — um “mensch”, como é chamado em iídiche somente verdadeiramente decente, íntegra e à altura do que se espera de nós quando “às vezes rejeita coisas agradáveis e come (ou experimenta) coisas desagradáveis” por escolha própria. Por quê? Porque “isso seria um ato baseado na razão”, que é o que “distingue o comportamento humano” do de outros seres.
(Entenda que existem vários graus descendentes de personalidade, do santo ao piedoso, do justo até o mal. A verdadeira “humanidade”, como Rambam descreveu acima, fica em algum lugar abaixo da retidão, mas certamente um ou dois graus acima do que chamaríamos de “decente”, que por si só fica bem acima do mal, o mais baixo. A questão é que, embora a humanidade não seja elevada, ela está enraizada na razão e no pensamento, em vez de mero instinto, certamente não é vil e é o mínimo que se espera de nós se quisermos crescer e nos aproximar de D’us . )
Evitar coisas suntuosas porque acabaríamos sendo mais saudáveis no final seria “humano” o suficiente? Afinal, estar bem nos permite buscar a excelência espiritual, como somos encorajados a fazer. Mas, na verdade, Rambam diz que não. A busca pela boa saúde em si não é uma virtude; é apenas mais uma luxúria. Porque “se o seu objetivo fosse ser meramente saudável” apenas pela boa saúde, você seria pouco diferente de alguém que busca boa comida. Pois você também não “teria feito nada para alcançar (o seu) verdadeiro objetivo” de se aproximar de D’us . Você teria morrido saudável, com certeza, mas teria permanecido espiritualmente doente até o fim, mesmo assim.
Portanto, “tenha como objetivo de tudo o que você faz a sua saúde e uma vida longa e pacífica o suficiente”, com certeza, mas faça isso para “permanecer saudável o suficiente para buscar o caráter e as virtudes intelectuais sem obstáculos” e para crescer em seu ser.
