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Por: David Havilá
Mas se formos honestos conosco mesmos, teremos que admitir que nada disso é fácil.
Afinal, este capítulo se intitula “Usando *todas* as suas capacidades pessoais para um único fim” — para o propósito de se aproximar de D’us ; e isso é muito, muito exigente. Porque nos distraímos tão facilmente com isso e aquilo, tão facilmente deslumbrados por todo tipo de novidade brilhante, que nos pegamos esquecendo D’us por semanas a fio (talvez anos).
Na verdade, porém, Rambam reconhece isso. Ele o define como “um nível muito alto e formidável que poucos alcançam”, reconhece que mesmo os poucos que o alcançam só o fazem “após muita preparação” e até admite que “qualquer um que se mostrasse assim (estaria) no mesmo nível dos profetas”!
Então por que ele recomendaria isso a cada um de nós? Não estaríamos nos preparando para o fracasso — e para um fracasso de proporções cósmicas?
No entanto, como Rambam aponta, é exatamente isso “que D’ us pretendia que todos nós estabelecêssemos como nossa meta”. Afinal, Ele mesmo não nos ordenou amá-Lo “de todo o coração, de todo o ser e de todos os recursos” (Deuteronômio 6:5)? Não nos foi dito para “Conhecê-Lo em todos os seus caminhos” (Provérbios 3:6)? E somos aconselhados a fazer “tudo o que fazemos por amor ao Céu” (Pirkei Avot 2:15), o que tem todo tipo de implicações?
Aparentemente, então , D’us tem muita fé em nós. E embora Ele saiba que tal objetivo pode nos desanimar e nos desanimar de vez em quando, Ele também conhece nossos corações e capacidades melhor do que nós mesmos, e nos oferece a oportunidade de lutarmos por aquele tipo de excelência espiritual que realmente somos capazes de alcançar.
